Um Sol radioso, temperaturas de 14º, a saída do Porto prevista para as 945, aconteceu na realidade às 10:20.
Pela A29 rumo a 250km’s para Sul, encontrámo-nos com a VFR ruiva no nó Aveiro/Águeda, com uma paragem nas primeiras bombas para um café e por a conversa em dia.
Continuámos pela AE até Óbidos, sem novidades, dado que o traçado de AE é aborrecido e monótono.
Chegados a Óbidos, logo começámos a ver a enormidade de latas estacionadas por tudo quanto era espaço aberto… e uma fila considerável (dado que estávamos num domingo), que felizmente, não nos afectou… rapidamente chegámos à entrada do evento, onde pudemos estacionar as magníficas…
Comprar o bilhete para a exposição estava fora de questão, dado a existência de uma fila de mais de 1km para as bilheteiras… sendo no entanto engraçado, pois os bilhetes podiam ser adquiridos on-line!!! Nada como iniciar um domingo numa fila de 1 hora ou mais!
Iniciámos uma visita pelo centro histórico, com uma paragem logo numa tasquinha para a degustação de uma “nata de chocolate”que convenceu, mas apenas para esta ocasião, dado que a nata original continua a levar as preferências….
A visita foi rápida, pois havia gente a mais, e o estômago começava a fazer-se notar… saímos do centro histórico, e parámos a uns 2 km’s, para almoçar, em 3 locais possíveis, um estava fechado, e os outros dois a rebentar pelas costuras, denotando visivelmente falta d preparação para estes eventos…
A decisão foi rápida, e rumámos a Caldas da rainha para o centro, onde numa praça se encontram dois conhecidos restaurantes…
Por mais incrível que pareça, os dois restaurantes estavam fechados, e acabámos por, nessa mesma praça, nos instalar num pequeno snack-bar onde nos deliciámos com uma soma de legumes e uma bela duma feijoada… tudo deliciosamente caseiro e bem preparado.
A conta, essa foi como o snack-bar… modesta (22€/4). Quem é que precisa de restaurantes afinal?
Com as forças repostas a ideia era percorrer a costa até ao Porto, e lá fomos directos a S. Martinho do Porto!
Na entrada, logo encontrámos uma enorme fila de enlatados que não têm mais que fazer ao domingo à tarde senão filas intermináveis a ver se chega segunda feira rapidamente! Incrível… mas o pior é que devido ao estacionamento selvagem e estradas incrivelmente estreitas, mesmo as nossas belas maquias tiveram dificuldade em serpentear por entre os enlatados…
Com este cenário de fundo, nem parámos e rumámos à Nazaré, onde cenário idêntico nos esperava… não tão grave, o que nos permitiu uma paragem junto ao mar em plana marginal principal.
Após um breve banho de sol e uma luta titânica com o GPS que teimava em não guardar a Rota, fomos até ao cume, conhecido como “Sítio”, onde supostamente existe uma marca de uma pata de cavalo….
Lendas à parte a paisagem é magnifica e justifica só por si a subida até ao topo. Como recepção tivemos uma “vendedeira” local devidamente fardada que nos tentou impingir a todo o custo um saco de frutos secos!
A Igreja que está no largo, é um belo exemplar arquitectónico e mereceu a nossa visita.
À saída, confiei nas indicações de um arrumador de serviço, e fui apanhado de surpresa por um automóvel, tendo eu que estancar a fundo com a direcção completamente torcida…. Resultado… a RT teve o sei primeiro tombo em câmara lenta para o lado, dado que não consegui apoiar o pé convenientemente… são os riscos inaugurais da mala lateral e da tampa do motor… nada de grave, mas como é óbvio deixou-me irritado!
Um especial agradecimento a dois colegas “Motoqualquercoisa-que-não-Motards” detentores de duas Goldwing que estando ali mesmo ao lado, apenas se limitaram a olhar (faltaram as pipocas e óculos 3D), nem sequer vieram ajudar a levantar a magnífica! É sempre bom ver esta camaradagem na nossa classe!
Daqui e fartos do trânsito, pois além dos enlatados, a polícia resolveu cortar algumas estradas para um qualquer evento…. Parece que determinadas organizações ainda não se aperceberam que as estradas são pagas pelos contribuintes para se poder circular….
Daqui fomos para norte, até Mira, onde já chegámos de noite e o frio nos tirou a vontade de prosseguir pela costa.
Dali apanhámos a A17 e já só parámos na Invicta… 520km’s depois.
Como resultado final, decidimos em plenário não voltar a fazer passeios ao domingo pelas praias mais conhecidas da costa…