La bella Roma

Itália é um país que estava nos meus horizontes já há vários anos, e finalmente pude cumprir a viagem de uma semana à capital, Roma, que é uma cidade que além de todas as características comuns às restantes cidades italianas, tem uma arquitectura e uma riqueza artística muito acima do comum.

Itália é um dos países membros do G8 e isso só por si, já a coloca num campeonato muito cima do Português e é sempre com essa perspectiva que farei alguns paralelismos.

A primeira coisa que me apetrechei para a viagem foi o Guia "American Express - Roma Top 10"... essencial para quem como eu gosta de descobrir os locais visitados sozinho, sem recurso a guias, grupos, etc... e essa opção mais uma vez revelou-se a indicada, pois só como exemplo, passei um dia inteiro na cidade do Vaticano, em visita aos museus, Capela de Sistina, Basílica de S. Pedro, etc, ao passo que os grupos ficavam em média 3,5 horas.... por aqui se vê a diferença no detalhe da visita.

Primeiras percepções... conduzir nas estradas Romanas é uma loucura e é aconselhável optar pelo modo "penantes"... e mesmo assim, temos de ter cuidado a atravessar a estrada, pois nunca sabemos quando aparece alguma scooter/maxiscooter em alta velocidade e com o sinal vermelho!!
O trânsito no centro da cidade é caótico e ninguém respeita ninguém, sendo uma verdadeira aventura um estrangeiiro arriscar conduzir lá dentro.

Ao contrário de Portugal que como país rico que é toda a gente anda de carro, mesmo puto de 18 anos que ainda anda a estudar e já vai de A3 ou 320d, após os papás terem feito mais um empréstimo de 300meses e a quarta hipoteca à casa... a grande maioria dos veículos que circulam na cidade de Roma são de duas rodas! E isto sabendo que eles ganham pelo menos o dobro de nós e têm os carros 45% mais baratos... mesmo assim, vá-se lá saber porquê, eles teimam em usar as scooters/maxiscooters/CB/BMW GS/ etc.... e isto estende-se a todos os estractos sociais, sendo perfeitamente comum ver as pessoas de fato numa mota! O que aqui seria sacrilégio. "As motas com alguns anos, são usadas no quotidiando, tal como na Alemanha... não ficam guardadas na garagem a ganhar ferrugem."
"A única F800st que encontrei... ainda tinha a enorme rabeta na traseira..."

É fantástico ver como a mota é encarada como o meio mais natural de locomoção na cidade, e os carros ficam praticametne restritos ao uso profissional, como taxis, transporte de mercadorias, etc.

Os taxis têm também outra característica engraçada.... a sua maioria são Renault megane, Fiat Multipla, Doblo, Lancia Lybra, fiat bravo.... e num parque cheio de taxis, não encontrei nenhum mercedes!!!! como é que é possível?
"A lancia tinha perto de meia centana de Deltas a circular pela cidade... traça italiana com requinte e estilo inconfundível da Lancia." " Os Fiat 500 antigos, ao contrário de Portugal não estão sujeitos à febre da especulação pelos "Pseudo-clássicos" e são usados no dia-a-dia... cá qualquer sucata com mais de 20 anos é automaticamente engolida como se fosse "clássico" de valor estupidamente inflacionado..."


Em contrapartida, existem uns carros de aluguer de luxo que estão normalmente junto aos hoteis, que têm a sua frota constituída por Lancia Thesis (lindos, mas não se vêm em "Portugalo" devido à nossa alergia à marca), Mercedes classe S e alguns BM's série 5! Estes veículos andam descaraterizados e pagam-se muito bem... "O magnífico Lancia Thesis... que em Porutgal não teve exito, dado o Mercedismo que por cá impera"

A polícia municipal não se desloca em DT's ou Toyotas.... mas sim em Motas BM...
Os caribineri tanto andam de Fiat stilo/bravo/punto, como de Alfa 156/159...
Os transportes de medicamentos/sangue são feitos em fiat panda!!!

há uma enormidade de questões que se formos a comparar diríamos que o país rico é Portugal e não Itália.... e a minha conclusão é a mesma... o povo Lusitano infelizmente continua a viver a fase do "mais vale parecer do que ser".... e assim o futuro realmente é negro.... mas felizmente as fronteiras estão abertas e podemos sempre ir embora...como em outras alturas da história nacional.

A beleza da cidade é brutal e durante a estadia de 7 dias percorremos a pé todo o centro histórico de Roma, e cada rua é uma nova experiência, em cada esquina há uma nova Basílica que nos deixa boquiabertos, um museu riquíssimo, um edifício de arquitectura fenomenal, uma esplanada convidativa, uma fonte com estátuas magníficas.... enfim, mesmo ao fim dos 7 dias ainda fiquei com algumas obras para ver, e a moeda atirada à "Fonte de Trevi" irá concerteza proporcionar-nos o desejado regresso!
O ambiente é tipicamente Italiano, cheio de cor, estilo, bom gosto, e uma atitude positiva, o que faz com que nos sintamos bem a passear, beber um expresso, ou simplesmente estejamos sentados a molhar os pés.

Gastronomia:
As pizzas são como não podia deixar de ser são excelentes... tal como as "pastas" e os gelados....
Os preços são por incrível que pareça muito parecidos aos nossos, e é possível deliciar-mo-nos com uma pizza por 8€, tomar um expresso por 1€/1,5€; uma pasta por 7,5€, uma bola de gelado por 2€/3€... o que realmente é caro são as bebidas.... eu que tanto gosto de uma cerveja fresca, tive que me abster e andar a água pois a "birra" pode custar desde 3€ a 6€!!!!
As sandes "panini" existem em todos os bares e custam uma média de 3€cada... podendo ser opção para o almoço... "A loja da Ferrari com peças autênticas das equipas de F1... no entanto os preços das peças são algo fora do razoável!!!"

Atenção às esplanadas, pois por exemplo, um gelado ao balcão custava 3€, e na esplanada 6€, assim devemos sempre perguntar o preço primeiro.

À noite a "Piazza de Fiori" tem uma vida fantástica, tal como a "Piazza Navona" e a "birra" pode ir dos 3 aos 8€, nos numerosos bares abertos para o centro das praças.

O preço dos museus é muito acessível e por incrível que pareça não fogem aos praticados em Portugal... se tivermos em conta a riqueza do interior dos mesmos e das peças expostas, é uma pechincha, a gama de preços vai dos 5€ até aos 18,5€.... no entanto é comum a presença de obras de Michelangelo Buonarroti, Caravaggio, etc.... sem dúvida obras que valem a pena a visita.
As basílicas são verdadeiras obras de arte e estão sempre abertas, gratuitamente.... em quase todas as ruas há várias e cada uma delas atributos suficientes para justificar a entrada em todas.

A roupa é cara e quem for para lá comprar, prepare-se para pagar em média o dobro do que pagamos aqui.

Transportes:
o metro e os autocarros usam os mesmos bilhetes e há hipotese de comprar títulos para 75min, 24H, 3dias e 7 dias....valendo a pena comprar o título relativo ao n.º de dias a ficar, pois a rede de transportes cobre toda a cidade e permite-nos saltar de uma ponta para a outra de forma imediata.
Atenção aos carteiristas.... nos autocarros cheios é normal que andem por lá.... eu próprio fui vítima de tentativa de assalto, o método é o seguinte. O "marroquino" traz um saco de pano pendurado à frente e um dos braços está por trás do mesmo.... vai dando encontrões de forma ligeira para que não nos apercebamos e entretanto com a mão escondida por trás do saco, retira o que houver nos bolsos/malas etc....
Tive sorte de perceber e comecei a refilar com o gajo em Português.... este afastou-se saíndo na paragem seguinte, mas entrando novamente na porta traseira do autocarro para nova "ronda".

Hotelaria:
O conselho para a estadia é optar por um hotel na zona centro, pois dessa forma é possível visitar toda a cidade sem estar dependente de transportes.
A maioria têm um buffet ao pequeno almoço que podemos fazer uma boa refeição, deixando as outras para os numerosos bares/ristorantes espalhados pela cidade.
O MCdonald's tem apenas 4 menus e o preço é de 6€, praticametne o mesmo de Portugal.
Visitámos o Hard rock Café.... e como não podia deixar de ser, foi o único sítio onde encontrei Harleys...
Neste bar os preços são exorbitantes como é normal, e sinceramente não acrescenta nada ao visto em outros...

Podia agora fazer uma descrição das obras de arte vistas.... mas apenas deixo a recomendação.... nas próximas férias, em alternativa à tosta de uma qualquer praia igual a tantas outras, experimenta uma semana diferente... pode ser que se todos virmos, a n/ história e monumentos passem a ser tratados/valorizados de outra maneira!