Afinal a Serra da estrela é já ali…

Fotos no trajecto entre Gouveia e Mangualde...

Percurso de 520 km's : Porto, Albergaria-a-Velha, Viseu, Guarda, Covilhã, Penhas da Saúde, torre, Gouveia, Mangualde, A25, IC2, Porto

ONTEM (quarta-feira), fiz um “reconhecimento” de território para o interior do país, mais precisamente na Covilhã e o ponto mais alto de Portugal continental, a Serra da Estrela.
Apesar do céu do Porto às 9:45 apresentar várias nuvens, decidi confiar nos Meteorologistas que garantiam que não viria chuva…. De tão confiante que estava, até deixei o fato de chuva em casa…
Saído do Porto às 10:00, após abastecer nas bombas do Jumbo (Mercado abastecedor), fiz a primeira paragem nas bombas da Repsol na A1 antes da saída p/ a A25, mas apenas para um cafezinho!
A F800st hoje carregava 140kg… pois ao meu peso, tive que somar o da pendura… no entanto, após o devido ajuste do amortecedor traseiro, não se notou qualquer falta de potência, já quanto à condução, não se pode dizer o mesmo, pois a roda da frente tornou-se ligeiramente mais leve! Os consumos mantiveram-se inalterados, mas mais adiante darei mais pormenores.

Toda a A25 foi feita numa velocidade de cruzeiro de 150km/h, o suficiente para não adormecer, e quanto baste para não ter problemas com os N/ colegas dos radares!
A protecção aerodinâmica, até esta velocidade manteve satisfatória, no entanto, como já tive ocasião de referir, é um aspecto a ser melhorado, pois ainda está longe do pretendido por quem adquire uma mota com estas características.

Passámos ao lado de Viseu, e também da Guarda… neste ponto estive tentado em fazer os 35km’s que nos separam de Espanha para abastecer, mas além do tempo estar no limite, o depósito ainda dava para uns bons km’s… deixando este “desvio” para a próxima vez que aqui voltar.

Já na A23, voltámos a parar em mais umas bombas, para esticar a pernas e mais uma foto… A pendura aproveitou a ocasião para refilar algo acerca de “rabo quadrado”, não sabendo que ainda faltavam mais de 320km’s para chegar ao conforto do sofá… Este comentário é aceitável devido ao facto de ser o primeiro “percurso médio” feito pela pendura, e ainda não ter o “Calo” de andar de mota… pois a F800st em termos de conforto está num nível muito bom dentro da gama em que se insere, permitindo-nos fazer deslocações de >500km’s apenas com as pausas devidas sem ter no fim que ir para a cadeira de um massagista!

Nesta fase lembrei-me da antecessora Suzuki GSXR 750… como é que seria se ainda a tivesse, eh eh.
Chegados à Covilhã, perto das 12H, lá me dirigi ao turismo para obter informações mais detalhadas da região, pois apesar de conhecer a cidade, sempre foi em trabalho tendo assim uma ideia muito vaga do que há para ver.

A cidade é pequena, para os padrões do litoral, e tem uma curiosidade engraçada, como fica na encosta da serra, ou estamos a subir ou a descer… praticamente não há estradas na horizontal.
Outra das características das cidades do interior com Estabelecimentos de ensino superior, é que devido à baixa população residente relativamente ao n.º de estudantes universitários, as ruas estão cheias de gente nova, dando um ar mais dinâmico e jovial à cidade. Nas instalações da UBI podemos ter acesso a 2 aviões da força Aérea em muito bom estado de conservação: Junto ao parque onde está o posto de Turismo.
A cidade tem uma boa oferta em termos de museus, alguns parques para relaxar... mas acima de tudo tem uma belíssima paisagem em qualquer ponto donde nos coloquemos!

Estando na Covilhã, é criminoso não irmos à Serra da Estrela. Lá fomos directamente da Covilhã, sempre a subir serpenteando até às Penhas da Saúde.
Seguiram-se as magníficas paisagens da estrada que nos leva à Torre com a foto da praxe com o termómetro a marcar 9,5º, às 18 horas…
Durante este percurso só temos que não olhar para baixo… pois há troços que realmente causam impressão a quem tem problemas com a altitude devido à ausência de berma antes do precipício. Há pessoas que só conhecem a Serra com neve… pessoalmente só a conheço assim, no verão e acho a paisagem fantástica, com o bónus de não estar apinhada de turistas.
Saídos da Torre, começa o caminho descendente, passámos pela Lagoa comprida, em direcção a Gouveia… conheço o trajecto por Seia, e como tal, hoje aproveitei para ver este traçado… e em boa hora que resolvi arriscar.
O traçado entre Gouveia e Mangualde é excelente (ver fotos inicais). Piso fantástico, curvas deliciosas e hoje, praticamente não tive enlatados a estragar a paisagem!

Após Mangualde, chegamos à A25 num instantinho e novamente o monótono traçado da AE apodera-se da condução… tendo saído da A25 no nó Sever do Vouga/Talhadas, em direcção a Águeda, onde aproveitamos mais uma curvas…
Chegados a Águeda, o percurso escolhido foi o IC2 pois o relógio já marcava as 21:30 e a esta hora a meio da semana não há praticamente nenhum trânsito.

Andar pelas nacionais realmente quebra a monotonia… ao passar ao lado de Oliveira de Azeméis, um condutor de uma motorizada decidiu virar à esquerda exactamente no momento em que ia passá-lo… valeu o facto de já ir a contar com estes malabarismos… e lá chegámos ao porto sem riscos nas carenagens…

Fica mais uma sugestão de um belo passeio... eu voltarei de certeza, pois a Serra tem muito mais para mostrar, haja tempo!